domingo, 3 de outubro de 2010

Assistam ao "Centro de vida ... assistida"

Dos 10 milhões e meio de euros do orçamento do Município de Idanha-a-Nova para 2010, foram inscritos na rubrica Lares de 3ª idade - Espaço intergeracional de apoio ao centro de vida assistida - São Miguel d' Acha: 106300,00 €.

Em 2009, a verba inscrita era de 141970,00 €.
É caso para perguntar: para que serviu esta verba ? Até agora para nada.



A música de S. Miguel d' Acha



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O que nos faz como somos ? O que nos faz sentir saudades de todas estas melodias ?  O que faz sentir de modo particular esta "cantiga de embalar" ?
Algumas delas foram cantadas por todos nós numa cantiga de roda ou numa festa de amigos...   

Tantos anos depois, acho que "sem ti eu não era o que sou", como diz o prof. António Frade, na crónica "as minhas gentes". Refere Teixeira de Pascoais:
"Sem esta terra funda e fundo rio,
Que ergue as asas e sobe, em claro voo;
Sem estes ermos montes e arvoredos,
Eu não era o que sou." (Cousas e Lousas - Crónicas, 1995).

A música de S. Miguel d' Acha - o Coro "Acra"



A música de S. Miguel d' Acha


Fernando Lopes-Graça - Viagens na minha Terra (1ª  e 2ª suites). Orquestra Filarmónica de Budapeste Direcção de Gyula Németh. DAnova. 1980.

A 1ª suite integra "Em S. Miguel d'Acha, durante as trovoadas, mulheres e homens cantam o Bendito" .
"No descretivismo (descritivismo?) do nº 9 da Suite Primeira («Em S. Miguel d'Acha, durante as trovoadas, mulheres e homens cantam o Bendito»), que mais parece um diálogo entre o ser humano e as forças da natureza contém-se o simbolismo de outras lutas que um povo inteiro tem de enfrentar". (Mário Vieira de Carvalho)

A música de S. Miguel d' Acha


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As "Recolhas Musicais da Tradição Oral Portuguesa", de José Alberto Sardinha e Vítor Reino, incluem um S. João, de S. Miguel d' Acha.
"O exemplar ora apresentado integra-se no género das «cantigas de adufe», que constituem uma importante parcela do riquíssimo cancioneiro da Beira Baixa, tendo sido recolhido em S. Miguel d'Acha. A melodia é de tipo modal, desenrolando-se no intervalo de um hexacórdio, revestida de uma abundante ornamentação. Devemos assinalar a invulgar perícia da executante do adufe, que parece recrear-se num ritmo vivo e bem marcado, com uma interessante variação coincidente com o final de cada frase. "  José Alberto Sardinha e Vítor Reino.

Recolhas Musicais da Tradição Oral Portuguesa. Contralto. 1982.